Ao tratar qualquer tipo de dor, é fundamental considerar quais sintomas precisamos combater. Em minha experiência, a dor geralmente está associada a diversos fatores, incluindo inflamação, acúmulo de líquido, inchaço, rigidez, espasmo muscular e/ou diminuição da circulação sanguínea. Por isso, ao preparar um remédio para alívio da dor, considero importante abordar estas causas subjacentes.

Um aspecto crucial ao lidar com a dor é determinar se a área afetada requer um tratamento quente ou frio:

• Para problemas de rigidez e espasmos, geralmente aplico um remédio aquecido
• Para casos de inflamação e inchaço, opto por um remédio refrescante
• Em ambos os casos, o aumento da circulação é fundamental para o alívio da dor

O magnésio desempenha um papel importante no processo de recuperação. Utilizo-o especialmente após dias intensos ou exercícios, pois ele reduz o acúmulo de ácido lático, permitindo que oxigênio fresco chegue aos músculos.

Ao escolher os ingredientes para meus remédios, considero também o que posso colher em meu próprio jardim e nas áreas próximas, ou o que posso comprar localmente, sempre pensando em minimizar minha pegada de carbono.

Em minha experiência com ervas refrescantes para alívio da dor, identifiquei várias plantas com propriedades medicinais notáveis, cada uma atuando de maneira única através de diferentes compostos e métodos:

A hortelã tem se mostrado excelente para minimizar a dor, pois reduz espasmos, tensão muscular e inflamação. Além disso, contém magnésio que auxilia no reparo muscular. Cultivo-a em vasos em meu jardim, onde a poda regular mantém a planta pronta para colheita.

A salsa é uma das minhas escolhas frequentes por sua capacidade de estimular a circulação através da dilatação dos vasos sanguíneos. Rica em antioxidantes e com teor de magnésio, mantenho sua colheita prolongada através de podas regulares antes que produza sementes.

O tomilho tem se revelado um excelente estimulante circulatório e anti-inflamatório, contendo também magnésio. Responde muito bem à poda regular, o que me permite uma longa temporada de colheita.

A casca de salgueiro é particularmente interessante por conter salicina, que atua de forma similar à aspirina, além de suas propriedades anti-inflamatórias. Felizmente, todas as espécies de salgueiro contêm salicina, e costumo extrair a casca dos crescimentos novos, especialmente na primavera.

As cascas e agulhas de pinho são ricas em pycnogenol, que reduz a inflamação ao aumentar a circulação e a produção de células vermelhas. Observo que as agulhas levam cerca de 3 dias a mais para secar em comparação com outras ervas, mas acelero o processo cortando-as antes de colocá-las ao sol.

O sândalo tem se mostrado eficaz como anti-inflamatório e relaxante do sistema nervoso. Em minhas preparações, adiciono algumas gotas do óleo essencial ao final do processo.

O coentro (também conhecido como cilantro) oferece um efeito refrescante notável e aumenta a circulação. Seu conteúdo de magnésio auxilia na recuperação muscular. Costumo colher as folhas antes da floração.

O endro tem propriedades anti-inflamatórias e anti-espasmódicas, além de estimular a circulação e conter magnésio. Aproveito sua longa temporada de colheita, utilizando as folhas até o momento da produção de sementes.

Por fim, o orégano se destaca como um adaptógeno rico em magnésio. Entre suas diversas propriedades medicinais, utilizo-o principalmente por sua capacidade de relaxar os músculos e prevenir espasmos.

Além das ervas principais que mencionei anteriormente, descobri outras plantas medicinais refrescantes igualmente eficazes para o alívio da dor, cada uma com suas propriedades específicas:

A matricária tem se mostrado excepcional como um redutor natural de calor e um potente analgésico natural. Em minha experiência, ela oferece um alívio significativo para diferentes tipos de dor.

A morugem é uma das minhas escolhas favoritas por sua tripla ação: anti-inflamatória, estimulante da circulação e redutora de acúmulo de líquidos. Tenho obtido resultados notáveis com seu uso em diferentes preparações.

A raiz de chicória merece destaque especial em meu jardim medicinal, pois suas propriedades são semelhantes ao ibuprofeno. Além de aliviar a dor, ela auxilia no reparo das células vermelhas do sangue e diminui a inflamação.

Frequentemente recorro à alface selvagem por suas propriedades anti-espasmódicas e sua capacidade de estimular a circulação. É uma planta que mantenho sempre disponível em minhas preparações medicinais.

O viburno, também conhecido como cramp bark, tem se revelado particularmente eficaz como anti-espasmódico e na redução do acúmulo de líquidos. É uma das minhas escolhas principais para essas condições específicas.

A cúrcuma, embora seja um poderoso anti-inflamatório e estimulante circulatório, aprendi que não é apropriada para uso em pomadas devido à sua tendência de manchar a pele. Reservo seu uso para outras formas de preparação.

O confrei tem sido um aliado constante em meu arsenal de plantas medicinais por suas propriedades anti-inflamatórias consistentes. Mantenho-o sempre à disposição para diferentes preparações.

O eucalipto tem se mostrado especialmente eficaz na diminuição da inflamação e do inchaço. Suas propriedades refrescantes o tornam um componente valioso em minhas formulações.

A prímula é uma das minhas escolhas mais versáteis, pois combina propriedades anticoagulantes com efeitos anti-inflamatórios, além de estimular a circulação sanguínea.

Por fim, a lavanda tem sido uma constante em minhas preparações devido à sua dupla ação: anti-inflamatória e relaxante muscular. É uma das ervas que considero indispensável para o alívio da dor.

Todas essas ervas alternativas complementam perfeitamente as opções principais que mencionei anteriormente, oferecendo uma ampla gama de possibilidades para o tratamento natural da dor através de suas propriedades refrescantes.